Rio de Janeiro e suas histórias

No meu primeiro post sobre a Cidade do Rio de Janeiro, falarei sobre a sua história, ou seja, o Rio Antigo. Onde tudo começou.

O estabelecimento do Rio de Janeiro por Estácio de Sá, em 20 de janeiro de 1565, foi principalmente um ato estratégico. A Baía de Guanabara era o melhor porto natural entre a Baía e o Rio de Prata e, com as invasões francesas, a principal preocupação dos governadores do Rio de Janeiro era a defesa.
Em 1567, foi construído um forte do Morro do Castelo e a cidade cresceu à sua volta. Apesar de ter passado por três grandes períodos de transformação: o primeiro foi quando se tornou a capital do Brasil,  em 1767; o segundo, com a chegada da Corte Portuguesa, em 1808; o terceiro, durante a primeira parte do reinado de D. Pedro II, nas décadas de 1850 e 1860 - seu aspecto colonial não mudou significativamente até o início do século XX.

O prefeito Pereira Passo (1902-1906) deu início à maior transformação urbana da cidade. Naquele tempo, o Rio de Janeiro tinha cerca de quinhentos mil habitantes concentrados em torno do Morro do Castelo, que quase não tinha mudado em trezentos anos. Pereira  Passos  e seu secretário de saúde, Oswaldo Cruz iniciaram um programa  de eliminação dos mosquitos, saneamento básico e vacinação obrigatória contra a varíola (que foi mal interpretado pela população e levou a prolongados tumultos em novembro de 1904). Pereira Passo adotou o modelo de Haussman, em Paris, no fim do século XIX, abrindo grandes avenidas: a Avenida Central (atual Avenida Rio Branco) e a Avenida Mem de Sá, atravessando o emaranhado de ruelas colonias do Centro; Avenida Beira Mar, que corria paralela à costa e serviu de base para o desenvolvimento da Zona Sul; e a magnífica Avenida Atlântica, Copacabana, inaugurada em 1906.









Prefeito Pereira Passo (1902-1906)
(Foto: Google Imagem)















Oswaldo Cruz, médico e sanitarista
(Foto: Google Imagem)











Em 1920, o Morro do Castelo foi derrubado, gerando espaço para a reconstrução do Centro da cidade. O morro foi utilizado para o aterro da região onde hoje se encontra o Aeroporto Santos Dumont (SDU).
Em 1938, foi preparado um plano, cuja a principal preocupação era o descongestionamento do Centro. A Zona Norte e a Zona Sul da cidade, separadas por uma cadeia de montanhas, deveriam ser ligadas sem passar pelo Centro. Para isso, deveriam ser abertos grandes túneis entre as duas áreas, solução que se tornaria uma característica do sistema viário do Rio de Janeiro.
Os projetos foram realizados em duas fases. A primeira foi durante o governo de Enrique Dodsworth, em 1942-1943, que constituiu na abertura da Avenida Presidente Vargas, a maior artéria da cidade, que ainda absorve a maior parte do tráfego entre o Centro e a Zona Norte. A segunda fase foi completada durante a administração do governador Carlos Lacerda (1960-1965), com a abertura de dois grandes túneis entre a Zona Norte a Zona Sul: o Túnel Santa Bárbara e o Túnel Rebouças.






Avenida Presidente Vargas, década de 1940.
(Foto: Google Imagem)














A atual Avenida Presidente Vargas, com a Igreja da Candelária ao fundo visto de cima.


O Parque do Flamengo, uma obra-prima de projeto urbano de Roberto Burle Max, foi inaugurado em 1965, completando a transformação do Rio de Janeiro, facilitando a ligação entre o Centro e a Zona Sul.






Roberto Burle Max (1909-1994) que é considerado o maior designer de paisagismo do século XX.
(Foto: Google Imagem)

















Parque do Flamengo
(Foto: Google Imagem)








O crescimento da Zona Oeste da cidade, sobretudo a Barra da Tijuca, foi concebido no final dos anos 60 e no começo dos anos 70 por Lúcio Costa. Esta foi uma urbanização organizada que, ao contrário das tentativas anteriores, buscou preservar as lagoas naturais e o formato da orla. Propôs a criação de núcleos urbanos ao longo da Avenida das Américas, separados entre si por grandes espaços abertos. Aos mesmo tempo, zonas industriais foram incluídas nos planos, ao invés de cresceram fiscalização. Apesar de não ter sido seguido estritamente, este plano atraiu a classe média para a Barra da Tijuca e Jacarepaguá e acelerou a expansão urbana da região.


Governo 
O Rio de Janeiro foi a capital do Brasil Colônia a partir de 1763; passou a ser capital do Reino de Portugal e Algarves em 1808 e do Brasil independente em 1822. Em 1889 passou a ser a capital da República, até 1960. Em 1892, formou-se a cidade-estado da Guanabara. Em 1976, o estado do Rio de Janeiro, que circunda a cidade, foi unificado com o estado da Guanabara para fins administrativo, formando o atual estado da Rio de Janeiro , com a cidade do Rio de Janeiro como a sua capital.

A bandeira do estado é composta por quatro quadrados diagonais azuis e brancos com o brasão no centro. Em primeiro plano voa uma águia, símbolo da família real brasileira, sobre o Dedo de Deus, na Serra dos Órgãos. Na parte externa do brasão há um ramo de cana-de-açúcar, à esquerda, e de café, à direita, culturas que proporcionaram sua riqueza no passado. A data no brasão: 9 de abril de 1892, é a data da formação do estado.







Bandeira do Estado do Rio de Janeiro.
(Foto: Google Imagem)





Já o emblema da cidade do Rio de Janeiro é composto da cruz azul de Santo André, com as armas reais portuguesas no centro. Nas estrelas da bandeira do Brasil é representado pela estrela Beta (Mimosa), do Cruzeiro do Sul.

Espero que tenham gostado do meu primeiro post sobre a história do Rio de Janeiro. Até o próximo post sobre a cidade.

Fonte: Guia Verde - Michelin - Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, páginas 46, 47 e 48) (Roberto Burle Max, página 74).

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